Nasceu em Ipueiras (CE), em 8 de janeiro de 1917. Romancista, poeta, ensaísta, tradutor, político, jornalista. Premiado em concurso literário. Pert. à Associação Nacional de Escritores, cofundador. Partic. de A poesia cearense no século XX, 1996, org. de Assis Brasil. Bibl.: Poesia do homem só, 1938; Mustafá Kemel, 1938; Do destino do espírito, 1941; Argentina, 1942; Cabo das tormentas, 1950; O valete de espadas, 1960; Três palavras, 1961; O país dos Mourões, 1963; O dossiê da destruição, 1966;Peripécia de Gerardo, 1972; Rastro de Apolo, 1977; O canto de amor e morte do porta-estandarte Rilke, 1977; As vizinhas chilenas, 1980; Os peões, 1982; A invenção do saber, 1983. Faleceu em 9 de março de 2007.
Ézio Pires
Nasceu em Cantagalo (RJ), em 29 de outubro de 1927. Jornalista, repórter, redator, colunista, crítico literário e de cinema. Veio para Brasília em 1960. Filiado ao Sindicato dos Escritores do Distrito Federal (presidente). Detentor do primeiro prêmio de poesia de Brasília, promovido pelos Diários Associados, e também do prêmio da Fundação Cultural do DF. Colab. em periódicos. Pert. à Associação Nacional de Escritores, cofundador. Partic. das antologias A novíssima poesia brasileira, 1962, org. de Walmir Ayala; Poetas de Brasília, 1962; Antologia dos poetas de Brasília, 1971; Brasília na poesia brasileira, 1982, org. de Joanyr de Oliviera; Nem madeira nem ferro podem fazer cativo quem na aventura vive, 1986, Thesaurus; Ibirapitanga, 1994, SEDF; Poesia de Brasília, 1998, org. também de Joanyr de Oliveira. Bibl.: Diário da Lapa, 1958; Menina S Trinta, 1959; Hora marginal, 1962; Julgamento da liberdade; Depoimento literário, 1978; Poema inter/rompido, 1987; A beleza tem fome, 1990; O que os olhos devoram, 1991; Literatura na criação de Brasília, 1999.
Edson Nery da Fonseca
Nasceu em Recife (PE), a 6 de dezembro de 1921. Dipl. em Biblioteconomia. Bibliotecário da Câmara dos Deputados, professor universitário, adjunto da Assessoria Especial do Presidente da República. Colab. em periódicos. Premiado em concurso de crítica literária do Jornal de Letras. Pert. à Associação Nacional de Escritores, cofundador. Bibl.: Um livro completa meio século, 1983; Poemas de Manuel Bandeira com motivos religiosos, 1985; O Recife de Manuel Bandeira, 1986; Problemas brasileiros de documentação, 1988; Ser ou não ser bibliotecário e outros manifestos contra a rotina, 1988; Três conceitos de tempo na poética bandeiriana, 1989; Introdução à Biblioteconomia, 1992; Alumbramentos e perplexidades: vivências bandeirianas, 2002; Gilberto Freyre de A a Z, 2002. Faleceu em 22 de junho de 2014.
Astrid Cabral
Nasceu em Manaus (AM), a 25 de setembro de 1936. Mulher do escritor Afonso Felix de Sousa. Dipl. em Letras Neolatinas. Veio para Brasília em 1962. Professora universitária, oficial de chancelaria do Ministério das Relações Exteriores. Pert. à União Brasileira de Escritores/RJ e à Associação Nacional de Escritores, cofundadora. Filiada ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro. Detentora do prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras (1987), entre outros. Partic. das antologias Contistas de Brasília, 1965, org. de Almeida Fischer; Carne viva, 1984, org. de Olga Savary; Poemas de amor, 1991, org. de Walmir Ayala; Cronistas de Brasília, vol. 1, 1995, org. de Aglaia Souza; Sincretismo, a poesia da geração 60, 1995, org. de Pedro Lyra; Visión de la poesía brasileña, 1996, org. de Thiago de Mello; A poesia amazonense no século XX, 1998, org. de Assis Brasil; 41 poetas do Rio, 1998, org. de Moacyr Félix; Poesia de Brasília, 1998; Poemas para Brasília, 2004, ambas org. de Joanyr de Oliveira; Antologia do conto brasiliense, 2004, org. de Ronaldo Cagiano; Poetas dos anos anos, 2016, org. de Joanyr de Oliveira. Bibl.: Alameda, 1963; Ponto de cruz, 1979; Torna-viagem, 1981; Zé Pirulito, 1982; Lição de Alice, 1986; Visgo da terra, 1986; Rês desgarrada, 1994; De déu em déu, 1998; Intramuros, 1998; Rasos d’água, 2003; Jaula, 2006; Ante-sala, 2007; Antologia pessoal, 2008; Palavra na berlinda, 2012; Trasanteontem, 2017.
O HUMANISMO COMO ILUSTRAÇÃO MENTAL
Carlos Ayres Britto
- Humanismo é vocábulo plurissignificativo. Polissêmico, então, como passamos a expor.
- Uma das mais conhecidas acepções do verbete é de aprofundado conhecimento das línguas e literaturas antigas. Inicialmente, cultivo do grego e do latim. Com o passar do tempo, cultivo também do italiano e do francês, que nesse conjunto de idiomas é que foi escrita a maior parte das obras representativas da literatura ocidental (nela encartada a poesia). Sem obscurecer, registre-se, a contribuição do inglês em que se expressou o gênio de William Shakespeare, tanto quanto o espanhol de que se valeu Miguel de Cervantes para compor o seu imortal “DON QUIJOTE DE LA MANCHA”.
- Outra vertente do vocábulo é a de pendor ou gosto pelas ciências ditas “humanas”, em oposição ao estudo das ciências tidas como “exatas”. Dicotomia que bem se manifestava na antiga divisão dos cursos de formação escolar de 2º. Grau, aqui no Brasil, em “curso clássico” e “curso científico”. Ambos preparatórios para o exame-vestibular dos cursos de nível superior, sendo que o clássico se destinava ao estudo das ciências humanas; também chamadas de ciências sociais.
- O engate lógico já se percebe: humanista é a pessoa versada nas referidas línguas, ou, então, vocacionada para as ciências sociais; pois que se trata de um modelo acadêmico de humanismo. Humanismo dos doutos, subjetivado, marcadamente, nos filólogos, historiadores, filósofos, juristas, cientistas políticos, literatos, enfim. Estrato social ainda hoje referido como ícone de erudição ou cultura comumente adjetivada de enciclopédica. Tudo muito próprio de uma sociedade que exagera um pouco no prestígio à pura ilustração mental de suas intelectualizadas elites, confundindo, não raras vezes, bons costumes com boas maneiras; acúmulo mecânico de informações com aprofundada formação cultural; talento com memória; conhecimento com sabedoria.
- Era, e ainda é, residualmente, o humanismo típico de uma sociedade não por acaso apelidada de bacharelesca; ou seja, palavrosa, enfatuada, conservadora (conservadora no plano da Política, conservadora no plano das convenções sociais). O que não tem impedido o despontar de estudiosos que aliam ao mais sólido lastro cultural o mais vivo compromisso com a emancipação político-social das massas empobrecidas.
- O mais vivo compromisso, acresça-se, também com o fazer da questão nacional uma trincheira de resistência a um tipo de colonialismo mental que responde pela descrença em nossa incomparável originalidade. Esse colonialismo invisível, camuflado, que, na aguda percepção de Eduardo Galeano, “te convence de que a servidão é um destino e a impotência, a tua natureza: te convence de que não se pode dizer, não se pode fazer, não se pode ser” (em O livro dos abraços. Ed. Porto Alegre: LP&M, 2004. P. 157).
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