Almeida Fischer (Oswaldo) nasceu em Piracicaba, Estado de São Paulo, a 22 de dezembro de 1916, filho de Artur Fischer e Rita de Almeida Fischer. Fez seus estudos secundários na cidade natal, no ginásio do Estado e no Colégio Universitário, anexo à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Nessa mesma Escola Superior de Agricultura de São Paulo, estudou até o segundo ano de agronomia. Em 1943, transferiu-se para o Rio de Janeiro, ingressando no jornalismo da antiga Capital da República. Diplomou-se em Direito em 1948, pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Foi alto funcionário do IBGE durante trinta anos. Aposentou-se como Assistente Jurídico do MEC.
Professor na área de Letras na UnB e no CEUB, dirigiu o suplemento “Letras e Artes”, foi Superintendente de Cultura da Fundação Cultural do DF e membro titular de seus Conselhos Diretor e Deliberativo. Em 1972, a Universidade Federal do Ceará conferiu-lhe a Medalha do Mérito Cultural. Em 1973, com bolsa da OEA e do Governo Espanhol, participou, em Madri, de curso intensivo de produção e comercialização do livro e foi chefe da delegação do Brasil num Simpósio Luso-Brasileiro sobre a indústria do livro, em Lisboa. Em 1979, foi contratado pelo Itamaraty para dirigir o Centro de Estudos Brasileiros em Rosário, na Argentina. Fundou a ANE em 21.04.1963, primeira entidade literária criada em Brasília, a Academia Brasiliense de Letras e a Academia de Letras do Brasil.
Incentivou a criação do Sindicato de Escritores do DF. Criou e promoveu, através da Fundação Cultural do Distrito Federal, a Semana Nacional do Escritor que foi, depois, transformada em Encontro Nacional de Escritores. Para esses encontros, trouxe ele a Brasília os maiores nomes da literatura. Também propiciou o Salão de Arte Moderna do Distrito Federal que reuniu os melhores pintores brasileiros daquela época.
Era acadêmico de Honra da Academia de Paestum, de Salerno (Itália). Assessorando Geraldo Vasconcelos, dono da Horizonte Editora, criou e coordenou a publicação da série 10 Contos Escolhidos, com o melhor da obra de contos de autores brasileiros.
Em 1997, recebeu o título de Cidadão Honorário de Brasília, em homenagem póstuma por iniciativa do deputado distrital Geraldo Magela. A solenidade teve lugar no prédio Escritor Almeida Fischer, mais uma homenagem da Câmara Legislativa que para aqui se deslocou.
Faleceu em 17 de setembro de 1991.
• Horizontes Noturnos (contos), Rio de Janeiro, Editora A Noite, 1947;
• O Homem de Duas Cabeças (contos), Rio de Janeiro, Edições Oásis, 1950; 2ª edição, 1953; 3ª edição, Brasília: Ebrasa e INL, 1971, Prêmio “Afonso Arinos” da Academia Brasileira de Letras;
• A Ilha e Outros Contos. Coleção Os Cadernos de Cultura, Rio de Janeiro: Serviço de Divulgação do Ministério da Educação e Saúde, 1953;
• Contistas de Brasília (antologia), Brasília, Livraria Dom Bosco Editora, 1965;
• Nova Luz ao Longe (contos), São Paulo, Livraria Martins Editora, 1965; 2ª edição, Brasília, EBRASA e INL, 1971. Prêmio de Ficção “Prefeitura do Distrito Federal”, em 1965;
• O Áspero Ofício (crítica literária) 1ª série. São Paulo, Comissão de Literatura do Conselho Estadual de Cultura, 1970. Prêmio “Assis Chateaubriand”, da Academia Brasileira de Letras;
• O Rosto Perdido (romance), Brasília, Ebrasa, 1970; 2ª edição, Rio de Janeiro, Editora Record. Brasília: INL, 1978; 3º edição Brasília: Thesaurus, 1985; • O Áspero Ofício (crítica literária), 2ª série. Brasília, Ebrasa, 1972; • O Áspero Ofício (crítica literária), 3ª série. Rio de Janeiro, Editora Cátedra. Brasília: INL, 1977; • 10 Contos Escolhidos. Brasília, Horizonte Editora e INL, 1980;
• O Áspero Ofício (crítica literária), 4ª série. Rio de Janeiro, Editora Cátedra. Brasília: INL, 1980;
• A Literatura de Brasília (ensaio), Lisboa (Portugal ): Oficinas Gráficas Rádio Renascença, 1983;
• O Áspero Ofício (crítica literária), 5ª série, Rio de Janeiro, Editora Cátedra. Brasília: INL, 1983; • O Áspero Ofício (crítica literária), 6ª série, Brasília, Horizonte Editora e INL, 1985; • Memorial de Inverno (contos), Brasília, Thesaurus, 1988;
• De Repente a Primavera (novela), Brasília, 1991; • A Repressora. Goiânia, 2016 (póstuma).
Quando faleceu, deixou inédita obra poética.